segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Dançando no escuro (Dancer in the dark)
Dirigido por: Lars Von Trier
Duração: 138 minutos


Quando assisti a este filme pela primeira vez, tive uma surpresa, não gosto de musicais, mas este é de uma beleza e de uma poesia tão grande que não tive como não admira-lo.


Selma (Bjork) é uma imigrante que mora nos EUA, e trabalha muito para juntar dinheiro e pagar a operação para uma doença nos olhos do filho, que ele terá porque é uma doença genética que vem atacando a família de Selma.


Apaixonada por musicais, ela ensaia um musical para o teatro, junto com uma amiga, mas como ela já não conseguia enxergar mais teve que deixar este sonho para depois.


O dono do trailer onde ela mora lhe engana e faz com que ela o mate, assim ela acaba indo parar na cadeia e condenada à morte. Von Trier mostra toda a injustiça da forma como os americanos tratam a justiça, condenando uma pessoa inocente a morte, usando de advogados que só pensam em justiça para que sua carreira tenha ascensão, junto a um caso tão importante.


Com a cegueira certa de Selma, ela começa a se imaginar num musical e em certos momentos aparece a musica e as coreografias, iguais aos musicais, mas aqui eles não começam a dançar do nada é o sonho de Selma se realizando em sua mente e os musicais são tristes, totalmente diferente dos musicais de Hollywood/Broadway.


Dançando no Escuro, junto com O Homem Elefante de David Lynch é um dos filmes mais tristes que eu já vi, onde a personagem principal passa por toda uma situação, para que o filho tenha a tão sonhada cirurgia e ela possa cumprir e tirar a culpa de ter concebido um filho doente.


Há cenas maravilhosas, com a já famosa câmera do Dogma 95, onde se usa a todo o momento a câmera sobre os ombros, o que torna as imagens instáveis, aumento a angustia e a revolta que você sente com o desenvolver da triste história.


Um clássico do cinema, um musical atípico, poético e totalmente comovente, te prende até o final, um drama muito bem montado e com uma visão diferente sobre a American Way of Life, pena de morte, deficiência, justiça e musicais.

Um comentário:

Anônimo disse...

fala Paulo, aqui é a Kelly do Mack, bl?
Assisti esse filme faz muitos anos por causa da Björk, admiro muito o trabalho musical dela, mas me admirei muito pelo filme ser tão denso e ela ter encarnado a Selma de maneira tão visceral. É um filme triste, mas não de se chorar. Desperta emoções diferentes, especialmente lidando com a cegueira.
Bom, além do comentário do filme, queria te mandar uma 'recomendação': não que seja bom, calma lá! HAHAHA é que é um filme tresheira, NACIONAL, que eh um material muito diferente. Dá uma olhada e me fala depois.. é BEM bizarro. E não, eu não gostei da proposta do filme! Mas a cara de pau do produtor é foda. =P
http://judao.com.br/blogs/gutural/2008/04/23/mamilos-em-chamas-bizarro-nacional-ganha-trailer/

qq coisa a gente se fala na facu. bjos!