quinta-feira, 24 de abril de 2008

O Pacto (Suicide Club)
Dirigido por: Sion Sono
Duração: 99 minutos



É realmente absurdo como as distribuidoras nacionais traduzem os títulos internacionais, Suicide Clube que poderia ter um alcance maior com o título nacional de Clube do Suicido, ao invés de O pacto, que é um título que pode abranger diversos assuntos, mas vamos ao filme.

Logo no início temos uma das cenas mais sangrentas que eu já vi no cinema, 54 meninas estudantes se jogam na frente de um trem em uma estação de metrô em tóquio, é uma cena muito bem feita, com a dosagem certa de violência para mostrar um suicídio tão grande.

Depois de eventos suicidas em que se levam detetives terem noites em claro tentando desvendar a formação do possível clube do suicídio, onde várias tentativas deixam ainda mais dúvidas do que respostas.

Um grupo de música pop infanto-juvenil no estilo de Blackstreet Boys e Spice Girls é a sensação do momento no japão, eles fazem muitos shows e se apresentam em vários programas de televisão e que podem estar envolvidos com o clube do suicídio.

No japão os jovens são muito pressionados pelos pais quanto aos estudos e muitos querem encontrar algum jeito de se divertir, e acabam aderindo ao suicídio mesmo sem saber o porque de estarem se suicidando.

Um rolo com pedaços de pele é encontrado pelos detetives, que imaginam que sejam das vítimas dos suicídios que computadas através de um site na internet, aumentando a tensão e o suspense deste thriller.

Um grupo pop, outro de rock, jovens, clube do suicídio, detetives sem respostas, tentativa de ser um messias, estes são alguns dos motivos para assistir este filme, que não é apenas um filme de terror com muito sangue e também um retrato da situação social dos jovens japoneses, tratado de uma forma brutal, não percam esta obra-prima do cinema japonês.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Ichi – O Assassino (Ichi – the killer)
Dirigido por: Takashi Miike
Duração: 129 minutos



Depois de assistir filmes asiáticos violentos como a trilogia da vingança de Chan Wook Pak (Mr. Vingança, Old Boy, Lady Vingança), esperava um filme tão violento como, já que o nome do filme induz a violência.

Ichi – o assassino, não decepciona quanta a violência e a quantidade de sangue, ele tem muito sangue, mas a violência não é explicita, já que não mostra membros sendo decepados, vimos apenas o membro, é a velha técnica do som do tiro e alguém morto, não é preciso mostrar tudo no cinema para que a história tenha um bom andamento.

Ichi é um garoto que recebeu lavagem cerebral e em seus momentos de folga, assisti tv e joga videogame e em seus momentos de trabalho é um violento e pervertido assassino, que fica excitado ao ver mulheres sendo violentadas, mas que faz a justiça e mata as pessoas más.

O enredo deste filme é meio confuso até no final do filme, depois de muitas vira-voltas para saber quem realmente é Ichi, quem ele era e porque ele se tornou quem é, e quem fez isso com ele, mesmo depois de algumas revelações não se tem uma resposta clara, é preciso pensar para se ter uma resposta convincente no final do filme.

O maior "vilão" da história é o personagem mais intrigante, ele é um japonês visualmente comum, com os cabelos descoloridos, cheio de piercings, e com um body modificy totalmente diferente, ele alargou a boca, para ter um ângulo maior de abertura, totalmente bizarro.
Ninguém consegue satisfazer o desejo dele de apanhar com o máximo de violência possível, a não ser o seu chefe que foi morto, por isso ele espera encontrar Ichi, que é violento e um chorão, toda vez que ele mata ele derrama sangue e lágrimas.

Com um enredo belo, apesar de confuso demais, Ichi – o assassino, é um ótimo filme, com seus personagens maravilhosos e estranhos, que deixa as cenas maravilhosas, é ótimo ver como os filmes orientais estão com um nível tão bom e não seguem a cartilha hollywoodiana de fazer filmes, saiu uma versão nacional recentemente, assista a este belo filme e entre no fantástico mundo insano dos orientais, loucos por cenas sangrentas, despudoradas e mostrando o lado mais bizarro e extremo do ser humano.

sexta-feira, 4 de abril de 2008


Notícias, atrasos e novidades.

Bom, tive mais um hiato, espero que eles não se tornem freqüentes, mas estive assistindo alguns filmes mais mainstream no cinema, que não pretendo resenhar no blog, pois já tem bastante divulgação na mídia especializada. Apesar que pretendo resenhar alguns aqui, assisti Sangue Negro, achei um filme belíssimo, com um visual incrível e apesar da bela atuação do Daniel Day-lewis, ainda acho que o Viggo Mortensen merecia o Oscar, assisti também outro filme concorrente ao Oscar, conduta de risco com George Clooney e não gostei, parece muitos outros filmes do estilo, é um filme tenso e com uma boa trama, mas ainda prefiro os outros filmes que concorreram ao Oscar.

Como disse tenho visto muitos filmes e pretendo colocar muito deles no blog, logo quero poder postar uma ou mais resenhas por semana, sem atrasos, inclusive se alguém acha que pode escrever sobre filmes, com a proposta do blog, entre em contato, para que eu tenha uma ajuda para cumprir os prazos.

As novidades para este ano, dos filmes que eu gostaria de ver, gostei de dois, Cloverfield, que achei um filme muito bom, talvez eu faça uma resenha dele aqui e Meu nome não é Johnny que é um ótimo filme também, estou louco para ver o Speed Racer que sai em breve, Batman – o cavaleiro das trevas e Blindness – o novo filme de Fernando Meirelles, baseado no ótimo romance de José Saramago "ensaio sobre a cegueira", do qual eu participei da produção e em perto do lançamento do filme, falo sobre a minha participação e impressões.

Pretendo falar um pouco mais das minhas produções e experiências na direção de alguns curtas que estou para filmar este ano, são produções undergrounds em que estou envolvido, com roteiro, produção e direção, com pouco dinheiro tem de se fazer quase tudo.

Tenho visto algumas séries, inclusive a famigerada Lost, que na quarta temporada, já começa muito boa, melhorando em muito a segunda temporada e início da terceira, espero poder ver em breve o desenrolar da série, assisti a primeira temporada de Desperate Housewives, mas parece muito com uma novela brasileira, com um tempero mais liberal, como assassinatos escondidos, filhos homossexuais, sadomasoquismo e outros assuntos tabus, assisti quase toda a segunda temporada de Twin Peaks que é um clássico das séries norte-americanas, imperdível para fãs de Arquivo X e Lost, e vejo também, não com a freqüência que eu gostaria a comédia "Eu, a Patroa e as crianças" que é maravilhosa, tem também um seriado chamado "Dead Like Me" que é a história de uma jovem chamada George que morre com uma tampa de privada que vem do espaço, daí ela tem que trabalhar como ceifadora que coleta as almas para que elas vão para os seus devidos lugares, é uma ótima comédia.

Vou começar uma coluna num site de música, vou falar sobre música extrema se você se interessa por isso, entre no link do site TADA, ali na parte dos links.

Bom, vou escrever um texto como esse pelo menos uma vez por mês para falar sobre seriados e outras novidades,peço desculpas pela demora em postar algo novo e espero que vocês gostem das novas resenhas e asssitam aos fimes, divulguem o blog para amigos e deixem seus comentários, ou escrevam para o e-mail: pauloviolence@yahoo.com.br .

Um abraço a todos.

Paulo Oliveira

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Betty Blue (Betty Blue 37º 2 – le martin)
Dirigido por: Jean Jacques Beineix
Duração: 182 minutos


Quando coloquei este filme para assistir não sabia o que esperar, um filme chamado betty blue, mas como ele foi muito bem indicado eu assisti, e vi um filme que tem tantas cenas, esquisitas e estranhas que acabei gostando.


Logo no início vemos uma cena de sexo, que de certa forma já causa um choque, ou diria estranheza, porque um filme que tem como um dos personagens principais uma mulher chamada Betty e seu namorado/marido chamado de Zorg, depois desta cena inusitada para se começar um filme, descobrimos a relação do casal.


Betty se muda para a casa de Zorg que fica feliz com a presença de Betty que em qualquer discussão tem ataques onde destrói tudo que estiver ao redor, joga todas as coisas de Zorg pela janela, menos o manuscrito de um romance que ele escreveu, mas que não conseguiu lança-lo e este manuscrito a caixa de pandora do filme, já que nunca ficamos sabendo sobre o que é o livro.
Depois de vários problemas eles se mudam para uma casa de uma viúva amiga de Betty, depois de um tempo aparece um namorado para a viúva que faz uma proposta para o casal trabalhar no restaurante dele, depois de mais ataques de Betty, inclusive com um dos clientes do restaurante, Zorg fica triste com aquelas atitudes, mas o amor dele por ela é tão grande que ele perdoa as crises emocionais de Betty.


Há outra virada no filme, quando a mãe do dono do restaurante morre e deixa uma casa e uma loja de pianos abandonada, Betty e Zorg aceitam cuidar da casa e da loja, conseguem se ajustar financeiramente e desejam um filho. Depois de muitas tentativas, onde Betty já começa a ter várias crises, pois não consegue engravidar.


Betty tem uma crise tão violenta que chega a arrancar um de seus olhos, o que deixa Zorg emocionalmente abalado, chegando a ter uma atitude radical quanto ao relacionamento do casal, assista ao filme para ter mais informações sobre o final do filme.


Betty Blue é um filme longo, com cenas bem fotografadas, diálogos e tramas esquisitas, estranhas e docemente belas, uma obra-prima, que não sei por que, talvez por ser um filme europeu, não teve tanta divulgação no Brasil, foi lançado no mercado nacional, mas acredito que está fora de catálogo, é um filme que vale ser assistido, tanto para aqueles que gostam de filmes com tramas e enredos complicados, quanto para os fãs de ótimas imagens.