segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A batalha dos 3 reinos (Chi Bi)
Dirigido por: John Woo
Duração: 150 minutos


O maior cineasta chinês da atualidade, John Woo, volta as telas com um filme épico, com grandes batalhas, o filme foge um pouco do estilo que o consagrou no início da carreira, como “o matador” e “fervura máxima”, que eram filmes que continham bastante violência e gangsters, incomum para um pais tradicional em filmes de kung fu.

A batalha dos 3 reinos é um filme de época que mostra um exército gigantesco, comandado por um traidor que quer tomar as terras do sul. Duas dinastias do sul formam uma aliança para juntos poderem enfrentar o grande exército, mesmo com a união, ainda tem um número de combatentes muito menor. Toda esta guerra tem como intenção principal de conquistar uma mulher. É a clássica estória do amor causando uma guerra e a valentia e coragem de um exército, os mais fracos contra os mais fortes, talvez possa ser uma metáfora dos oprimidos (fracos) contra os opressores (fortes). Já vimos estórias como essas em filmes como 300, Alexandre, Tróia e diversos outros épicos já lançados.

Como não poderia deixar de ser as cenas de ação dos filme de John Woo são impressionantes, não é à toa que a maior indústria de cinema do mundo, o convidou para dirigir um dos filmes da série “Missão Impossível”. Em filmes de guerra sempre temos os planos gerais onde vemos os movimentos das tropas, como os planos mais fechados, com detalhes dos movimentos de cada combatente e os sangrentos golpes sobre o inimigo, golpes de mão livre, com lanças, espadas e muitas flechas e também golpes de kung fu. São cenas muito bem coreografadas, com movimentos interessantíssimos, que eu ainda não havia visto em outros filmes.

Um dos personagens importantes de toda a estória é um estrategista do exército do sul, é ele que propõe e consegue a aliança dos reinos do sul, para enfrentarem o outro grande exército que deseja conquistá-los. Suas estratégias são as maiores armas em favor do seu menor número de combatentes. A guerra vai seguindo, o grande exército usa de artifícios que hoje em dia seriam considerados os absurdos e inexplicáveis “crimes de guerra”. Como mandar cadáveres infectados com febre tifóide aos inimigos.

O filme é longo, mas como todo bom filme de ação, não se percebe o tempo passando. A batalha dos 3 reinos é um filme agradável de se assistir. Mas pensou eu que não precisaria ter sido feito, porque não tem nada de inovador no filme, tirando um ou outro efeito gráfico computadorizado que parecem quase reais. Mas o enredo, como disse antes, não acrescenta nada, é a clássica estória do “imperador” apaixonado que faz uma guerra para tentar ter seu amor platônico. Talvez a intenção do John Woo foi de fazer um filme para os chineses, mostrando que ele ainda respeita suas raízes e faz um filme mostrando o heroísmo e a história da china, não sei se a história é real. Vale a pena assistir ao filme, mas tenho minhas dúvidas se precisaríamos de outro épico de guerra como esse. É quase indispensável é a fase pós-hollywood de John Woo.

Nenhum comentário: