sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Bathory (Idem)
Dirigido por: Juraj Jakubisko
Duração: 138 minutos


 Um filme produzido por dois países do leste europeu, Eslováquia e República Tcheca, sobre a história de uma mulher, Elizabeth Bathory, que ficou conhecida como a maior assassina de todos os tempos, isto, esta incluso até no livro Guinness de recordes.

 O filme se inicia no final do século 16, como o nascimento da futura condessa Bathory, há cenas de sua infância até o momento que ela é prometida. O local de toda história é na Hungria.

 Com Bathory casada e com filhos, o filme vai se desenrolando. Seu marido sempre em guerra, neste momento temos de pano de fundo, as famosas fogueiras para queimar mulheres da inquisição. Sozinha em um enorme castelo, a condessa Bathory se vê atraída por um afeminado pintor italiano, que é um preso de guerra, capturado pelo conde. A condessa e o pintor acabam se tornando amantes, e ele revela que assina seus quadros como Caravaggio.

 O conde acaba sabendo dos devaneios da condessa com o pintor, ele impulsionado, por outro conde que é seu amigo, tentar envenenar o pintor, por um acaso, quem bebe o veneno é sua esposa, a condessa Bathory. É chamada uma mulher, acusada de ser bruxa, ela salva a vida da condessa.
 Vários assassinatos começam à acontecer no reinado, a condessa é acusada pelos assassinatos, por conter o brasão da família nos corpos das vitimas, ela estaria sendo motivada pela bruxa, que havia transformado a condessa em um vampiro, por isso que a condessa sempre mantinha uma aparência jovem. Neste momento que entram em cena dois estranhos espiões da igreja católica, um padre e seu discípulo. O padre é uma espécie de inventor do início do século 17, o que torna o filme um pouco absurdo e surreal, é difícil de imaginar, patins, para-quedas, monocolos, escutas e outras parafernálias da vida moderna desenvolvidas no século 17.

 Há um traidor no reinado que quer derrubar a condessa Elizabeth Bathory à todo custo, depois da morte do conde marido de Bathory. Alguns inimigos são conhecidos, como um pastor protestante que julga Bathory como um demônio e o conde que entregou o caso da condessa como o pintor, que agora é vice-rei e esconde uma paixão por ela. Assim a história vai seguindo, acho que já contei bastante...

 O filme não tem nada de inovador na questão cinematográfica, mas o enredo consegue segurar toda a atenção, é um história incrível de uma mulher injustiçada. O filme soa feminista, mas não exageradamente. Há um equilíbrio perfeito entre a história principal, que é outra visão sobre a conhecida de Elizabeth Bathory. Com histórias secundárias, que são a guerra entre os turcos e húngaros e as diversas mentiras usadas, principalmente contra a condessa pro motivos políticos, sempre com os lideres religiosos apoiando quem está no poder. O filme consegue trazer um assunto atual e mostrar falcatruas e hipocrisias dos que detêm o poder, que ocorrem desde séculos atrás.

 Bathory é um filme maravilhoso por conseguir em quase três horas parecerem apenas uma. Mesmo defendendo rigorosamente Bathory, talvez esta tese possa até estar certa, como os pontos abordados paralelamente. Espero que este filme, que foi o único que dei nota máxima na mostra, entre em cartaz no circuito comercial, um masterpiece, difícil não tecer elogios a este famigerado filme.


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