terça-feira, 9 de junho de 2009

VOCÊS, OS VIVOS! (Du Levande)
Direção: Roy Andersonn
Duração: 94 minutos.


Este filme Alemão, Sueco e Francês é formado por esquetes mostrando situações absurdas, porém não impossíveis de acontecer, vividas por diversas personagens.

Há um casal onde a mulher vive chorando e reclamando da vida e que deseja se matar, o homem apenas diz algumas palavras de que nada adianta, ele está sempre com um cachorro em seus braços.

Outro casal é o de um velho músico que toca na banda marcial militar e em velórios, ele ensaia em diversos momentos, incomodando à esposa e os vizinhos. Uma das melhores cenas é quando o casal está transando. Ele magro por baixo reclamando do dinheiro da aposentadoria sem dar importância ao ato e ela muito gorda por cima tendo um enorme orgasmo.

Em alguns momentos os personagens se encontram num bar, no entanto não interagem entre si. É o bar que uma garota fã de uma banda, acaba saindo com o guitarrista/vocalista, só que ela se apaixona e ele desaparece, uma linda cena acontece quando ela sonha que os dois estão recém-casados, tem um incrível efeito especial com a casa se movendo como se fosse um trem.

Em outro momento de sonhos. Um trabalhador que esta no trânsito, conta sua estranha experiência, ele acaba condenado à morte apenas por ter quebrado um jogo de porcelana de 200 anos ou mais com afirma um dos donos. Ele estava numa casa de família, onde ele não conhecia ninguém, de repente ele resolve fazer um truque da toalha, só que a mesa é enorme, na hora que ele puxa, tudo vem junto, quebrando tudo.

Outra situação engraçada é quando um executivo vai até um barbeiro judeu e acaba com um estranho corte de cabelo. Por ter ofendido o barbeiro que estava triste por ter brigado com a esposa.

Este filme quase não tem movimentos de câmera e quando os tem são bem sutis. A fotografia do filme é totalmente clara e demonstra estarem num período pré-guerra que é demonstrado na última cena. Depois de sair do cinema achei que faltava algo no filme, ele é muito curto. Depois de ficar a pensar percebi que a estranheza causada pela estética é a forma ideal para passar o absurdo de nossas vidas. Ao mesmo tempo em que dá um tapa na cara do egoísmo dizendo VOCÊS, OS VIVOS estão agindo como uns imbecis. Pense também nas outras pessoas. Uma ótima tragicomédia sobre o ser humano e seu egoísmo exacerbado.

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