terça-feira, 7 de abril de 2009

VADIAS DO SEXO SANGRENTO (nacional)
Dirigido por: Peter Baiestorf
Duração: 30 minutos.


Este é um exercício putaneiro de Petter Baiestorf como diz logo na capa do DVD, que é digna da pop art com colagens de fotos e muitas cores.

O filme começa com um close-up de uma vagina enquanto os créditos iniciais aparecem, uma mão entra na “brincadeira” e vemos uma masturbação feminina.

O enredo do filme gira entorno de um casal que se separa, a mulher começa a ter um relacionamento com outra mulher e ainda tem um maníaco com consciência ecológica.

Novamente o filme é estrelado pela musa da Canibal Filmes Ljana Carrion, que havia trabalhado em Arrobada – vou mijar na porra do seu túmulo, desta vez tem uma atuação muito melhor do que no antecessor, tem ainda a presença da gordinha sexy Lane ABC e PC para completar o triangulo amoroso e ainda a já clássica participação do produtor Coffin Souza e do diretor Petter Baiestorf.














As cenas continuam maravilhosas seguindo o estilo Kanibaru Sinema, com cenários simples, improvisados na garagem de algum amigo, e usando muitas externas para aproveitar a luz natural. Este é o filme melhor fotografado e ainda tem os tradicionais efeitos gore que enchem os olhos dos fãs e podem chocar os menos desavisados. Temos um estupro onde só sobra as tripas de fora do rapaz, as cenas de sexo simuladas,máscaras, muito sangue, e erros propositais de continuação,pessoas peladas e galãs de pinto pequeno e a montagem atemporal que enriquecem o filme.

Vadias do sexo sangrento é o melhor filme de Petter Baiestorf, não deixa nada a dever ao “udigrudi” paulista das décadas de 60,70 e 80. Vadias é experimental e polêmico, assim como os filmes do início de carreira de Sganzerla e Bressane, mesmo sem ter as condições e apoios governamentais. Financiado com seu próprio dinheiro Baiestorf se supera em todos os quesitos e faz o seu “Máster Piece”. Sem esquecer as cenas gores e violentas que
podem lembrar Russ Meyer e Jess Franco.

Baiestorf não é um gênio, no entanto num país onde produtores lavam dinheiro da embrafilme, Baiestorf é o guerreiro do cinema de arte nacional e underground do mundo, resistindo a crises e criando cadê vez mais obras para se ter orgulho do underground.

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