terça-feira, 29 de julho de 2008

Batman: O cavaleiro de Gotham (Batman: Gothan Knight)
Dirigido por: vários
Duração: 74 minutos


Batman, o cavaleiro de Gotham, são seis animações organizadas pelo produtor Bruce Timm, para mostrar um lado mais sombrio do batman, as animações são feitas por japoneses, parecido com o que foi feito em Animatrix, são histórias para complementar as lacunas deixadas por Batman Begins e Batman o cavaleiro das trevas, mas são independentes das histórias dos longas, não precisa assistir aos curtas para entender os filmes, é algo mais para fãs do personagem e de animação.


O primeiro episódio "Tenho uma história para você" (Have i got a story for you), dirigido por Shojiro Nishimi, mostra quatro jovens que dizem ter visto o Batman e vivenciado uma de suas aventuras, mas cada um conta como é o herói de uma maneira diferente, é um episódio bem divertido.


O segundo "Fogo cruzado" (Crossfire), dirigido por Futoshi Higashide, mostra como o Batman obtêm a confiança dos policias e do comissário Gordon para que ele possa trabalhar sem a polícia também persegui-lo como um criminoso, este episódio já é mais violento.


O terceiro "Teste de campo"(Field Test), dirigido por Niroshi Morioka, mostra como Batman tem a ajuda de Alfred e como ele desenvolve os "brinquedinhos" do Batman, como diria o Coringa de Jack Nicholson, ele sai para testar um de seus acessórios e acontece o inesperado.


O quarto "Esconderijos na escuridão" (In darkness D´wells), dirigido por Yasuniro Aoij, este episódio vai mais além e mostra uma parte mais fantasiosa de Batman, já que ele enfrenta um monstro/mutante, nos esgotos de Gotham City e também mostra os excluídos da cidade.


O quinto "Lidando com a dor" (Working through pain), dirigido por Toshiyuki Kuboola, o episódio mais sombrio, pois Batman leva um tiro e como ele é um ser humano, ele tem que lutar com a dor, para conseguir se salvar e mostra um "flashback" de um dos seus treinamentos antes de se tornar o cavaleiro das trevas, é o meu episódio favorito, é assim que sempre quis ver o Batman.


O sexto "Pistoleiro"(Dead Shot), dirigido por Jong Sa Nam, este episódio mostra um matador de aluguel que enfrenta Batman, ele filosofa sobre as armas de fogo, mesmo sem usa-las em seus combates, ele reconhece o poder que a arma passa a alguém, e mais uma vez com a ajuda do comissário Gordom, ele vence um inimigo.


Os episódios não são continuações propriamente ditas, mas eles se interligam e fazem destes seis curtas uma ótima obra do Batman, tanto para os fãs mais árduos dos quadrinhos, como para aqueles que só conheceram os filmes ou os desenhos animados, vai ter uma bela surpresa com Batman: O cavaleiro de Gotham.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Era uma vez na china (Once upon a time in china)
Dirigido por: Tsui Hark
Duração: 134 minutos


Era uma vez na china é um filme chinês, original em mandarim, que marca o início da carreira de Jet Li e do ótimo diretor Tsui Hark.


O mestre Wong Fei Hung (Jet Li), defende que os estrangeiros deixem de explorar os trabalhadores da china, entre brigas com gangues rivais que desejam apenas dinheiro e prostitutas e não a felicidade da sociedade chinesa.

As coreografias de luta do filme são apenas um atrativo que acrescenta mais beleza ao filme, os chineses acreditam muito nas artes marciais dos monges e mostra também a situação da invasão dos estrangeiros que queriam tomar a potência que se tornaria a china no futuro.


Jet Li não é apenas um lutador de Wong Fu, que mistura todas as artes marciais, e neste filme ele mostra que pode se tornar um ótimo ator, com cenas românticas, mas não pense em nu e cenas de sexo, é apenas cenas de amor platônico, mas que não deixam de comover e trazer uma beleza visual, que só aumenta a qualidade do filme e a genialidade de Tsui Hark.


O duelo com um mestre que quer derrotar Wong Fei Hung e se tornar o melhor e maior mestre da cidade, a guerra com os estrangeiros que querem apenas explorar as qualidades da cidade e a briga interna entre ele e um juiz que quer o dinheiro dos estrangeiros, mas não pensa nas conseqüências que eles podem trazer, deixam Wong Fei Hung numa situação difícil e ele vai usar de sua inteligência e técnica marcial para combater seus inimigos.


O seqüestro da Prima Y para leva-la para a prostituição é o estopim que estoura a guerra de Wong Fei Hung e sua gangue, contra outra gangue, outro mestre, estrangeiros e o juiz chinês.


Há cenas incríveis e muito bem coreografadas e fotografadas, que deixam o primeiro filme da trilogia um clássico do cinema de ação da china, com muito kung fu como não podia faltar, um toque político, para mostrar a China, fazem de "Era uma vez na China" um clássico não apenas dos filmes de ação, mas do cinema mundial. Imperdível!.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Os Cafajestes (nacional)
Dirigido por: Ruy Guerra
Duração: 100 min


Os cafajestes é o primeiro filme do cinema novo que coloco no blog, que com certeza, junto dos filmes de Glauber Rocha é um dos melhores filmes desta época do cinema nacional, que eu já tive a oportunidade de assistir.

Dois cariocas malandros que vivem de pequenos golpes, resolvem dar um grande golpe num velho rico, tirando fotos de sua filha nua em situações constrangedoras.

Jandir, interpretado pelo eterno cafajeste e machão do cinema Jessé Valadão e seu comparsa Vavá (Daniel Filho), combinam com Leda (Norma Bengell) para ir a uma praia e nadar pelados, ela fica pelada e eles se mandam com as roupas dela, numa cena tensa e sensual que dura quase 10 minutos com a nudez de Leda. Depois de recomposta ela faz uma proposta para os dois para tirar fotos de uma prima que é muito mais rica.

Os três vão para uma praia, totalmente deserta de Cabo Frio e fazem uma “festinha” para que Jandir e Vavá consigam seu objetivo, mas Vavá que é apaixonado por Vilma não consegue se aproveitar da fragilidade que ela se encontra e desiste de tirar as fotos.

Com a falha do plano da dupla, eles resolvem curtir os momentos. Usando de imagens perturbadoras e tensas. Ruy Guerra cria um clima perfeito para mostrar o desenvolver da estória que não deixa de ser menos perturbador que as imagens.

A forte influência da “Nouvelle Vague” francesa, em diálogos que em momentos se tornam políticos e falam de momentos difíceis e tensos da vida política do país e também por ter as tensas imagens.

Este filme entra no meu TOP 10 dos filmes nacionais, ainda não saiu em DVD, então tire o seu aparelho de VHS da garagem, pegue este filme e assista que vale a pena conhecer melhor o cinema nacional que com o cinema novo, não ficava devendo nada para o cinema mundial contemporâneo a sua época.

terça-feira, 8 de julho de 2008

A excêntrica família de Antonia (Antonia)
Dirigido por: Marleen Gorris
Duração: 98 min





Como não poderia deixar de ser, este filme europeu, co-produzido pela Holanda, Bélgica e Inglaterra, tem uma história triste, num drama completo, empolgante e premiado.
Ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro, dentre outros do cinema mundial.

Antonia é uma mulher que depois da morte da mãe, volta para a fazenda que herda e resolve criar sua filha e tocar a vida ali mesmo.

Com personagens bizarros e empolgantes, que conquista o espectador e faz de qualquer história melhor e mais atraente. Mesmo tendo um sociopata, uma mulher lobisomem, um padre tarado, um estuprador e mais os moradores do vilarejo, não se torna uma estória forçada, para se tornar um filme clássico ou cult, tudo soa naturalmente o que faz com que “A Excêntrica família de Antonia” um filme genial.

A filha de Antônia vai a cidade com a mãe, apenas para transar, engravidar e ter um filho, nasce a filha de Danielle que é uma menina prodígio que com poucos anos já faz contas de matemática muito avançadas para a idade e logo filosofa sobre Schopenhauer com um amigo da família, aos vinte anos já é professora universitária, tem uma filha que vira escritora, que conta em Off a história deste filme.

A morte e a vida, são temas freqüentes no filme que a todo momento discute o sentido da vida e porque se deve viver e aproveitar, ou como a vida pode ser cruel e terrível para as pessoas, cabe a cada um decidir o que é melhor para a sua vida.

Tem a vingança e a justiça, a morte natural, o suicídio, a morte acidental grave e acidentes bestas, na falta morte no filme, mesmo assim não é um filme pesado, a morte é transformada em lirismo, com a arte deste filme.

Com certeza este filme foi um grande merecedor do Oscar e de todos os outros prêmios que recebeu, conta uma estória incrível que agrada a todos os amantes do cinema, assista a este filme e se sinta feliz por poder assistir esta ótima obra do cinema mundial.

terça-feira, 1 de julho de 2008

TRILOGIA ZÉ DO CAIXÃO

-À meia-noite levarei sua alma
Dirigido por: José Mojica Marins
Duração: 81 minutos


À meia-noite levarei sua alma é o primeiro clássico do cinema de terror nacional, Zé do caixão que é um agente funerário, descrente e que acredita que a perpetuação de sua existência só será dada quando ele tiver um filho com uma mulher perfeita.
Mesmo tendo um roteiro com partes fracas. As mortes e o incrível personagem que filosofa sobre a vida, a morte e as crenças do povo, tendo criado a clássica frase: “O que é a vida? É o princípio da morte. O Que é a morte? É o fim da vida. O que é a existência? É a continuidade do sangue. O que é o sangue? É a razão da exitência!”.
Com o suicído da mulher perfeita que ele desejava, lançou-lhe uma maldição e com delírios ele se vê quase morto em meio a uma lugubre floresta. Vale muito a pena ser visto, pois a clássicas cenas do mundo do horror.


-Esta noite encarnarei no teu cadáver (nacional)
Dirigido por: José Mojica Marins
Duração: 107 minutos


Esta noite encarnarei no teu cadáver pra mim é o maior clássico do cinema de terror nacional e um dos melhores do mundo, Zé do caixão continua a sua vontade de ter o filho perfeito.
Para ter o tão sonhado filho perfeito, zé do caixão persegue e seqüestra mulheres para testa-las e não encontrando a mulher desejada as mata e é amaldiçoado, não conseguindo ter o filho perfeito ele começa a delirar e é neste momento que aparece a genialidade de Mojica que faz em cores, já que o filme é em preto e branco, o inferno, que é de gelo e tem as pessoas peladas, sofrendo castigos de empregados do demônio que goza em ver o sofrimento.
Neste filme que ele melhora muito em questões de roteiro, imagens, atuações e direção. Outra clássica frase é criada: “É a vida o tudo e a morte o nada? Ou é a vida o nada e a morte o tudo?”.

-A encarnação do demônio
Dirigido por: José Mojica Marins
Duração: não divulgada


A encarnação do demônio, o terceiro filme da trilogia do personagem zé do caixão, ainda não foi lançada, mas já tem algumas informações na internet sobre o filme.
Depois de 40 anos preso, Zé do caixão volta para conseguir ter o filho perfeito e para isso ele precisa da mulher perfeita, este é um filme muito violento, pelo que se pode ver no trailer, Mojica não poupou esforços, insetos e animais para deixar o filme sangrento, assustador e asqueroso.
20 anos foi o tempo em que José Mojica Marins ficou fora das produções de cinema e só voltou com o apoio de Paulo Sacramento (produtor de “Amarelo Manga”) e Dennison Ramalho(diretor de “Amor só de mãe”), com quase R$2 milhões o filme foi gravado e este ano deve estar nos cinemas.

site oficial: http://www.encarnaçaododemonio.com.br

Estreia prevista: 08/08/2008

Confira o trailer: